A resposta imediata é depende! Depende dos objetivos que definiu na sua estratégia e depende do conjunto de indicadores que visam medir se esses objetivos estão ou não ser cumpridos. Por isso, o primeiro passo é definir indicadores. E não, não é verdade que as atividades de RP não podem ser quantificadas.
Na maioria das vezes, os relatórios de atividades de relações-públicas baseiam-se no número de publicações, no ROI, ou Return of Investment, no seu alcance, na qualidade do órgão de comunicação social que mencionou a marca, no reconhecimento e reputação da marca, quem escreveu sobre a marca, são as publicações certas para o target da sua marca, ou seja, será que estas publicações chegam às pessoas certas, qual o impacto da comunicação no negócio (por exemplo, gerou contactos? Gerou leads? Gerou visitas ao site? Gerou compras?)
E agora que vivemos numa época digital, podemos inclusive incluir dados do quão relevante a noticia foi e qual o impacto que teve, por exemplo: o meio partilhou o artigo online? Em que canais? Quais as reações nesses canais (likes, comentários, partilhas)? O conteúdo foi suficientemente interessante ser publicado nas redes sociais?
Esta é uma forma de medir o impacto da notícia, não só para o meio de comunicação mas, sobretudo, junto do público final.
Claro que o nível de interação e reação aos conteúdos não depende totalmente da atividade da agência de relações públicas – resulta, por exemplo, da qualidade do texto escrito por um jornalista, cobertura de um determinado meio, da agenda mediática do dia, do reach do meio.
O impacto das relações-públicas nas vendas e como medir
Durante anos as empresas tiveram a tendência de afastar o impacto das relações-públicas dos relatórios vendas, mas a verdade é que as mesmas podem ser um importante contributo para este canal. Provavelmente se tem uma grande empresa e investe milhões em publicidade, será mais difícil, mas não é impossível.
Para medir este indicador é necessária uma estreita colaboração entre a agência e o cliente. O cliente deve analisar os dados internos em pormenor e estar preparado para os partilhar com uma agência de relações públicas. Evidentemente, pode nunca ter 100% de certeza se um determinado cliente veio diretamente influenciado por uma notícia que leu. No entanto, se tiver a estrutura preparada para aferir a origem dos seus leads/clientes consegue ter uma visão mais ampla dos resultados que obtém através dos seus diferentes canais de comunicação, incluindo as relações públicas.
Os indicadores devem fazer parte de um relatório cuja periodicidade deve ser combinada entre a agência e o cliente. E mais do que uma análise quantitativa, o relatório deve incluir ainda uma análise qualitativa, melhores resultados, o que funcionou e pontos de melhoria.
Só assim, a agência e o cliente podem perceber o impacto da comunicação e como podem melhorar e tornar a mesma mais eficaz, no sentido de rentabilizar o investimento do cliente.