Desmistificando a colaboração com jornalistas. Aviso! Vamos quebrar alguns mitos.

A relação entre profissionais de Relações Públicas (RP) e jornalistas é fundamental para o sucesso mútuo. No entanto, muitas vezes, essa colaboração é envolta em mitos e equívocos que podem prejudicar a comunicação eficaz. Neste artigo, vamos desmistificar alguns dos mitos comuns que cercam o trabalho com jornalistas e mostrar como essa parceria pode ser benéfica para todos os envolvidos.

Eis 6 mitos das relações com os meios de comunicação social a que deve estar atento quando trabalha com jornalistas:

Mito #1: tudo o que acontece na minha empresa é digno de notícia.

Ao considerar quais as histórias e notícias a apresentar aos jornalistas, tenha em mente que nem tudo o que uma empresa faz é notícia. Pode pensar que é, mas antes de o apresentar, pergunte a si próprio se um jornalista consideraria valer a pena cobrir o assunto. Por exemplo, se a sua empresa ganhou um prémio, partilhe-o internamente e nos seus canais (website e redes sociais). Se tiver dúvidas sobre se uma notícia é ou não digna de ser apresentada, pergunte ao seu consultor.

Mito #2: um jornalista partilha as perguntas que vai fazer antes da entrevista.

Quando concorda com uma entrevista com um jornalista, este não tem qualquer obrigação de partilhar uma lista de perguntas que irá fazer antes da entrevista. Embora seja agora mais comum alguns jornalistas realizarem entrevistas por email, não parta do princípio de que saberá o que vão perguntar se estiver a falar com eles. Em vez disso, esteja preparado para responder às perguntas que prevê que lhe façam.

Mito #3: os jornalistas estão apenas interessados em notícias sensacionalistas.

Este é um equívoco comum, mas a realidade é que a maioria dos jornalistas busca informações relevantes e precisas para os seus públicos. Embora notícias sensacionalistas possam atrair a atenção, a credibilidade e a integridade são os princípios fundamentais do jornalismo. Trabalhar com jornalistas de maneira ética e fornecer informações de qualidade pode ajudar a construir relacionamentos duradouros e benéficos.

Mito #4: os comunicados de imprensa estão mortos.

Por vezes, pode ouvir alguém referir-se à morte do comunicado de imprensa. Mas não tenha medo. Os comunicados de imprensa estão vivos e de boa saúde e continuam a ser frequentemente solicitados e utilizados pelos jornalistas.

Mito #5: um comunicado de imprensa bem escrito é suficiente para garantir cobertura mediática.

Se, por um lado, o comunicado de imprensa não está morto, por outro ele não garante automaticamente a cobertura mediática. Os jornalistas são constantemente inundados com informações e é necessária uma abordagem mais proativa e personalizada para chamar a sua atenção. Construir relacionamentos, fornecer informações exclusivas e ser ágil nas respostas são componentes cruciais do sucesso na colaboração com jornalistas.

Mito #6: se não obtiver uma resposta à sua proposta de imediato, é porque não tem interesse.

Muitas vezes, os jornalistas não respondem ao primeiro e-mail que envia. Podem nem sequer o ler no dia em que o envia. Enviar um e-mail e desistir do contacto por falta de resposta vai comprometer seriamente os seus resultados. Faça follow up por e-mail ou até por telefone, sem pressionar muito, mas de forma cordial.

Ao desmistificar esses mitos sobre o trabalho com jornalistas, os profissionais de PR podem estabelecer relações mais sólidas e produtivas com os media. A colaboração eficaz entre consultores e jornalistas é essencial para disseminar informações importantes e impactantes para o público. Respeitar o papel e os princípios do jornalismo e construir relações baseadas na confiança é o caminho para uma parceria bem-sucedida.

Lembre-se de que, no mundo das Relações Públicas, a ética, a transparência e o respeito são fundamentais para construir relacionamentos duradouros e eficazes com os jornalistas e os media em geral.

Pedir uma correção a um jornalista? Eis como a tornar mais fácil.

Pedir uma correção a um jornalista pode ser uma situação delicada, mas é importante fazê-lo de maneira profissional e respeitosa.

Aqui estão algumas sugestões de como o fazer para tornar esse processo mais fácil:

  1. Manter a calma: Antes de entrar em contacto com o jornalista, certifique-se de que não é a emoção que o guia. Aborde a situação com empatia e compreensão.
  2. Comunique com respeito: Ao entrar em contacto com o jornalista, seja respeitoso na sua abordagem. Evite acusações ou críticas severas. Lembre-se de que todos cometem erros, e o objetivo é corrigi-los de maneira construtiva.
  3. Seja claro e específico: Forneça detalhes específicos sobre o erro, incluindo onde ocorreu na história e porque é incorreto. Isso ajuda o jornalista a entender o problema e a corrigi-lo de maneira adequada.
  4. Ofereça alternativas: Em vez de simplesmente apontar o erro, pode oferecer sugestões para a correção. Isso mostra que está disposto a ajudar a solucionar o problema.
  5. Escolha o tom certo: Ao enviar um e-mail ou fazer um contacto, escolha um tom amigável e profissional. Evite ser confrontador ou exigente.
  6. Eduque o cliente (se necessário): Se o cliente estiver insatisfeito com algo que não é necessariamente um erro factual, explique a ética do jornalismo e porque os jornalistas podem resistir a certos pedidos. Educar o cliente pode ajudá-lo a entender melhor a situação.
  7. Ofereça ajuda em vez de críticas: Se a história não contém erros factuais, mas a comunicação não foi tão clara quanto poderia ser, ofereça-se para ser um recurso para o jornalista. Isso pode incluir a oferta de uma entrevista com um executivo para esclarecer os pontos.
  8. Seja estratégico: Não peça correções para todos os erros menores. Escolha cuidadosamente as suas batalhas e concentre-se naquelas que são realmente significativas.

Lembre-se de que o objetivo final é garantir uma reportagem factual e precisa. Siga estas diretrizes para abordar a situação da melhor forma possível e preservar um relacionamento profissional com o jornalista.

A importância do Media Training: transmitir a sua mensagem com mestria

Para diretores de comunicação e CEO, dominar o media training é essencial para garantir que a mensagem seja transmitida de forma eficaz nas entrevistas. Descubra as estratégias-chave para brilhar nos holofotes dos media.

Num mundo onde a visibilidade e a reputação são cruciais para o sucesso de qualquer negócio, a capacidade de transmitir a sua mensagem de maneira eficaz nas entrevistas tornou-se uma arte valiosa. O media training não apenas permite que diretores de comunicação e CEO comuniquem a sua visão e valores, mas também influencia a perceção pública da marca. Neste artigo, exploraremos as melhores práticas de media training para garantir que a sua mensagem seja transmitida com clareza e impacto.

1. Conheça a sua mensagem

Antes de entrar numa entrevista é vital ter uma compreensão profunda da mensagem que deseja transmitir. Defina os seus principais pontos de discussão e refine-os para serem concisos e memoráveis. Isso ajudará a evitar desvios e a manter o foco durante a conversa.

2. Conheça o seu público

Cada entrevista tem um público-alvo específico. Direcione a sua mensagem conforme os interesses e preocupações desse público. Se estiver a falar com especialistas do setor, poderá entrar em detalhes técnicos. Por outro lado, em entrevistas para o público em geral, simplifique e evite jargões.

3. Treine, treine e treine novamente

O treino é a pedra angular do media training. Pratique as suas respostas para as perguntas mais comuns, incluindo aquelas que podem ser difíceis. Trabalhe com um especialista para simular situações reais de entrevista, recebendo feedback construtivo para aprimorar o seu desempenho.

4. Controle a sua linguagem corporal

A linguagem corporal fala tão alto quanto as suas palavras. Mantenha contacto visual, sorria naturalmente e evite gestos que possam ser interpretados de forma negativa. Uma postura confiante e aberta transmite credibilidade e conforto.

5. Esteja preparado para perguntas desafiadoras

Em entrevistas, é possível enfrentar perguntas difíceis ou até mesmo questões incómodas. Antecipe essas situações e prepare respostas diplomáticas e sólidas. Não se esquive; aborde as questões com honestidade e confiança.

6. Humanize a mensagem

Adicione histórias e exemplos concretos à sua mensagem. Histórias pessoais e casos de sucesso podem tornar a sua mensagem mais envolvente e memorável para o público.

7. Aprenda com as suas experiências

Após cada entrevista, não se esqueça de rever mentalmente a sua atuação e pedir feedback ao jornalista ou a alguém que tenha acompanhado a mesma. Identifique pontos fortes e pontos que precisem de melhoria. A reflexão contínua é essencial para aprimorar as suas capacidades de comunicação.

Dominar a arte do media training é um investimento valioso para diretores de comunicação e CEO. Uma mensagem bem transmitida pode influenciar a perceção da marca, construir relacionamentos sólidos com os media e, em última análise, impulsionar o sucesso do negócio. Ao conhecer a sua mensagem, treinar diligentemente e adaptar-se ao público e à situação, estará preparado para enfrentar qualquer entrevista dos media com eficácia e confiança.

Comunicar é mais do que falar — é transmitir a sua mensagem com impacto. Abrace o media training e deixe a sua marca brilhar.

Quais os principais desafios dos jornalistas?

Segundo o Relatório Global sobre o Estado dos Media de 2022 desenvolvido pela Cision, o combate a notícias falsas e as equipas reduzidas são dois dos principais desafios que os jornalistas enfrentam.

Outro dos resultados presentes no relatório anual da Cision é que os jornalistas sentem, cada vez mais a pressão para publicar novas histórias a uma velocidade cada vez maior, 24 horas por dia.

Um quarto dado interessante, sobretudo para quem trabalha na área das relações públicas é a importância de manter a credibilidade como fonte noticiosa de confiança. Ainda no que diz respeito às fontes que consideram mais úteis para gerar histórias ou ideias de histórias, 37% citaram press releases, 76% querem receber press releases de marcas e profissionais de relações públicas e quase metade (49%) quer receber convites para eventos. Ou seja, não confiam só nos dados, mas, a maioria dos jornalistas confia nos profissionais de relações públicas com quem têm parceria para esse propósito.  Além destes as maiores agências (AP, Bloomberg, Pr Newswire, etc.) e os porta-vozes internos são os melhor posicionados na lista de fontes.

“Estas conclusões não só reforçam a necessidade crítica para as RP e profissionais de comunicação a serem mais diligentes que nunca na disponibilização de conteúdo confiável, rigoroso e relevante para jornalistas; também enfatizam o equilíbrio delicado e com nuances que os jornalistas têm de assumir entre os conteúdos que pretendem publicar e o que é necessário para que a organização se mantenha no negócio e a necessidade das RP e os profissionais de comunicação navegarem em ambos.” refere ainda o Relatório.